Um dia escrevi uma carta de despedida. Despedi-me de ti.
Disse-te das mais variadas formas que não te queria deixar ir. Disse-te ainda, que só partirias porque o meu amor era sincero.
Lembrei-te de tudo aquilo que passámos. Lembrei-te de tudo aquilo que sofremos.
Dei a volta a todos os teus quereres e a todos os teus repúdios.
Contei-te de novo todos os meus sonhos e os meus desejos, como se fosse da primeira vez.
Falei de alguma matéria que nos ligava, na esperança que sempre que olhasses ou pensasses num filme, numa música, num jogo, num objecto, te lembrasses de mim, e daquilo que um dia fui para ti.
Relembrei-te o que nos unia e o que nos separava. Íamos ficar longe, mas ainda assim não deixei de rezar para que tudo corresse bem para o teu lado.
Ainda hoje são salgadas as lágrimas que chorei nesse dia. Ainda é fresco o sabor a mentol da tua boca, quando te disse adeus. Sei de muitas palavras que escrevi, sei de muitas reacções que tive. Sei o que os nossos amigos pensavam de nós, sei o que nos desejavam.
Certa de que te nunca mais teria, nem no meu aconchegado quarto o meu coração aliviava.
De repente... «Não vou para lado nenhum! Eu vou ficar aqui!» Inevitavelmente o meu coração sorriu, acelerou e sossegou nos teus braços. Tinha noção de que se ficasses te poderias prejudicar, mas naquele momento fui muito egoísta. Quem sabe se não estarias melhor agora se tivesses partido...
Acreditas no destino e no karma.. Isso descansa-me. Mas se isso fosse verdade, porque é que a distância nos consumiu? Espero que não deixes de acreditar no amor.
Será que hoje ficarias?
Não sei...meu coração só me fala se o teu se expressar...
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